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quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Discursos de Abertura da 7ª SiONU ressaltam a necessidade de mudanças estruturais na ONU

Rio de Janeiro. Às 20h00min do dia 19 de novembro de 2008, o auditório do campus Tom Jobim, da Universidade Estácio de Sá foi palco da abertura da sétima edição da SiONU que contou com a participação especial do Exmo. Cônsul da França, Sr. Hugues Goisbault, e do Ilmo. Diretor do Centro de Informação das Nações Unidas/RJ, Sr. Giancarlo Summa. A mesa de honra, na maior parte do tempo, girou sobre um dos principais temas que rondam o cenário internacional: a atual relevância da Organização das Nações Unidas e a necessidade de alterações internas. Assunto este que, através de substanciais discursos, dinamizou os debates que o seguiram.
A Coordenadora-Geral do Curso de Relações Internacionais, Sra. Solange Pastana, em seu discurso abrangeu assuntos de grande valor como a autonomia da organização, soberania dos Estados e além da necessidade de uma reforma na ONU. Segundo ela, a chave de um futuro mais pacífico seria negociações e acordos com maiores freqüência e por um meio mais “diplomática”. Em seguida, a palavra foi passada para o Sr. Goisbault:
Quando se trata de segurança, direitos humanos, questões econômicas, sociais e de desenvolvimento, a ONU é o fórum mais legítimo e que melhor garante a conservação entre os Estados”.
No que tange as reformas estruturais o foco foi dado a duas propostas. Uma do G4, Japão, Alemanha, Brasil e Índia, sobre a criação de mais seis novos assentos no Conselho de Segurança, sendo quatro deles membros do G4, e mais dois Estados africanos a serem posteriormente definidos. Outra foi a dos Estados Africanos que defendem a idéia da criação de dois assentos permanentes com direito a veto e mais dois Estados Africanos.
Segundo o Sr. Goisbault, a França, diferente de alguns membros do C.S. ao se posicionar favoravelmente a proposta defendida pelo G4. Uma vez que tal projeto vem sendo questionando por países como Itália, Paquistão, México e Argentina. Um dos maiores problemas, de acordo com o Cônsul, seria a divergência de interesses dos países membros.
Outro ponto colocado em pauta, pelo representante francês, foi a questão ambiental que até hoje não tem um órgão de representatividade na ONU. A proposta da do país é justamente a formação desse órgão. Porém, apesar do projeto ser encorajador, ainda existe um grande processo de resgate da credibilidade da instituição.
O ponto levantado pelo Sr. Giancarlo Summa foi quanto a Declaração dos Direitos Humanos da ONU, assinada em 1968, onde pela primeira vez foi firmada, em um documento político, a igualdade de todos os seres humanos. O temor do retorno a 2 ª Guerra Mundial, durante Guerra Fria, fez com que fosse necessário um documento que invalide tal prática. Atualmente, de acordo com o diretor, não existem mais confrontos estatais e sim, civis. Da mesma forma é citada a intervenção norte-americana ao Iraque, classificada como uma guerra “sem fins”.
O Diretor também citou a atual crise financeira, defendeu uma reformulação no histórico acordo de Bretton Woods, e compartilhou as opiniões sobre a importância de uma revisão na estrutura da Organização das Nações Unidas, afirmando que “há a necessidade de uma reforma também para responder essa grande emergência de atores”.
Por fim, a palavra foi passada para o Sr. Paulo Thiago Pires Soares, mestrado em R.I e recém ingressado na carreira diplomática, que em seu discurso defendeu a multilateralismo e o peacebuilding além de assuntos de extrema relevância, como a capacidade da ONU em estabelecer a legitimidade de ações internacionais e assistência humanitária.

Ruptura Histórica entre EUA e Israel?

(LE MONDE DIPLOMATIQUE) Relevantes discussões se fizeram presentes hoje acerca da criação de um Estado Curdo no Comitê de Políticas Especiais e Descolonização (SPECPOL). Porém, pelo debate ter se pautado em termos técnicos, havendo divergências sobre a definição do que vem a ser terrorismo, pouco resultado gerou...

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No Fundo do Poço: Bombas Atômicas ou Petróleo Americano?

(THE NEW YORK TIMES) Hoje na reunião do ECOSOC (Conselho Econômico e Social) da ONU, o principal assunto foi como lidar com a questão global da poluição e atitudes dos países que podem ajudar ou prejudicar o clima. Países como Brasil, Argentina e Alemanha pediram maiores incentivos junto às práticas de aproveitamento de supostos alimentos para energia (biomassa), assim como se mostraram favoráveis à energia nuclear...

Posição norte-americana ambígua cria tensão entre EUA e Israel

(O GLOBO) EUA e Reino Unido cogitam apoio inédito à nação curda em documento provisório. Mais tarde, reafirma aliança com Israel, que acusa partido político curdo de terrorismo....

Degradação Ambiental - uma questão de Direitos Humanos

(THE NEW YORK TIMES) Conselho dos Direitos Humanos (CDH), em reunião hoje pela manhã, teve como pauta os direitos dos refugiados ambientais. Buscavam soluções para assegurar o bem estar de pessoas que têm suas vidas afetadas pela mudança climática do planeta...

Com a presença da China, Conselho de Segurança não chega acordo sobre conflito na Ossétia do Sul

(O GLOBO) O debate sobre o conflito na Ossétia do Sul divide o Conselho de Segurança. Com a presença da delegação chinesa, que segundo os outros países era peça importante na discussão, o Conselho não chegou a uma definição sobre o envio de tropas de paz da ONU...

Curdos, heróis ou terroristas?

(THE NEW YORK TIMES) A reunião do Comitê de Políticas Especiais e Descolonização (SPECPOL) da ONU, nesta quinta-feira, para discutir o delicado assunto da nação curda e possível criação de um Estado soberano com os delegados de vários países, mostrou-se bastante peculiar. Apesar da presença de várias delegações, algumas se mostraram bem firmes em relação a diversos pontos. O assunto curdo é delicado, resultado de séculos de relações tribais, rixas étnicas, imperialismo europeu antes e depois da segunda grande guerra e presença forte dos valores culturais mulçumana, tanto sunita quanto a radical xiita...

Enquanto o julgamento não é concretizado, a chacina continua. Agora no Congo.

(LE MONDE DIPLOMATIQUE) Ainda trabalha-se para julgar os culpados pelo massacre de Ruanda. Até 2001, 3 mil foram julgados, com 500 penas máximas.Paul Kagame ficou como vice-presidente e Pasteur Bizimungu como presidente mas, em 2000, os dois homens fortes entraram em conflito, Bizimungu renunciou à presidência e Kagame ficou como presidente. Em 2003, Kagame foi finalmente eleito para o cargo, no que foram consideradas as primeiras eleições democráticas depois do Genocídio. Entretanto, cerca de 2 milhões de hutus refugiaram-se na República Democrática do Congo, com medo de retaliação pelos tutsis. Muitos regressaram, mas conservam-se ali milícias que têm estado envolvidas na guerra civil daquele país...

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